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Poupança: não saia antes de ler este texto

Poupança: não saia antes de ler este texto

A Poupança tem sido vista como um ativo de baixíssimo valor ultimamente. A queda da taxa Selic e, consequentemente, do seu rendimento têm sido apontados como fatores determinantes para que as pessoas saiam dela.

Entretanto, será mesmo que este tipo de aplicação, tão conhecida pelo brasileiro, é descartável para o seu planejamento financeiro? Ainda é possível manter dinheiro em poupança sem que isto afete de maneira prejudicial o seu patrimônio? Sair da poupança é sempre a melhor decisão? É o que veremos.

O QUE É A POUPANÇA?

A poupança, de maneira simples, é uma espécie de conta bancária onde a pessoa pode guardar o seu dinheiro obtendo certo rendimento sobre ele. Assim, de maneira diversa da conta corrente, o dinheiro, mesmo parado, traz uma pequena remuneração.

Ela é o produto financeiro mais tradicional e conhecido pelo brasileiro. Por conta de sua simplicidade, geralmente é o primeiro tipo de investimento feito por nós. Há por aí, inclusive, quem conheça apenas este tipo de investimento.

Porém, nos últimos anos, com o crescimento da internet, outros produtos financeiros passaram a fazer parte do cotidiano do brasileiro, senão investindo e conhecendo-os bem, ao menos sabendo que existem.

Dessa maneira, também se tornou comum o desejo de sair da Poupança.

O QUE PRECISO PARA ABRIR UMA CONTA POUPANÇA?

Para abrir uma conta poupança, a pessoa precisará apresentar:

  1. Algum documento de identidade com foto;
  2. Número de inscrição do CPF (devendo estar regular junto à Receita Federal);
  3. Comprovante de residência recente (até 60 dias).

Alguns bancos permitem a modalidade “Fácil”. Assim, estas contas apresentam uma menor burocracia dependendo apenas da apresentação de documento de identidade original com foto e CPF.

QUANTO RENDE A POUPANÇA?

Para saber qual o seu rendimento é necessário saber que existem dois tipos de rendimentos neste investimento.

O primeiro deles é chamado de “Poupança antiga”. Este rendimento se refere aos depósitos realizados em Poupança até o dia 03 de maio de 2012. Quem tem o dinheiro investido em Poupança desde antes desta data tem o rendimento da seguinte maneira:

  • 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial).

Já a “Poupança Nova” se refere aos depósitos feitos a partir do dia 04 de maio de 2012. Assim, os depósitos feitos a partir desta data rendem de acordo com a famosa Taxa Selic. Todos os depósitos feitos a partir de 04 de maio de 2012 rendem:

  • quando a Selic for menor ou igual a 8,5% ao ano -> 70% da Selic + TR;
  • a Selic sendo maior do que 8,5% ao ano -> 0,5% ao mês + TR.

Por isso, é importante saber que a TR é uma taxa de juros de referência, que pode ser, inclusive, zero ou muito próxima disso.

Resumindo, hoje a poupança rende:

  • 70% da Selic + TR, quando a Selic for menor ou igual a 8,5% ao ano;
  • 0,5% ao mês + TR, quando a Selic for maior do que 8,5% ao ano;
  • 0,5% ao mês + TR se o depósito foi feito até 03 de maio de 2012.

Pelo fato de render menos do que a Selic, muitas pessoas consideram que vale mais a pena deixar o seu dinheiro em investimentos que acompanham esta taxa ao invés de deixá-lo na Poupança.

QUANTO RENDE MIL REAIS NESTE INVESTIMENTO?

Dessa forma, vamos imaginar que você tem mil reais na Poupança e fez o depósito após o dia 03/05/2012. Assim, você seguirá as regras da chamada “Poupança Nova”.

Como em setembro de 2020, a Selic está abaixo de 8,5% ao ano o rendimento da poupança será de 70% da Selic + TR. A TR atualmente está em 0,0.

Conhecendo o rendimento, vamos simular o investimento em um prazo de um, dez e trinta anos sem que seja feito mais nenhum depósito durante esse período.

Com isso, mil reais na Poupança rendem:

  • Em um ano: R$ 15,72 gerando um total de R$ 1.015,72.
  • Após dez anos: R$ 168,85 atingindo um valor final de R$ 1.168,85.
  • Em trinta anos: R$ 597,24 alcançando R$ 1.597,24.

QUANTO RENDE UM MILHÃO NELA?

Assim como fizemos com o investimento de mil reais, iremos fazer com o de um milhão de reais. Sempre imaginando que não seja depositado na Poupança mais nenhum real durante todo o período.

Dessa maneira, um milhão de reais na Poupança rendem:

  • Em um ano: R$ 15.799,94 gerando um total de R$ 1.015.799,94.
  • Após dez anos: R$ 116.719,61 atingindo um valor final de R$ 1.116.719,61.
  • Em trinta anos: R$ 600.462,30 alcançando R$ 1.600.462,30.

Como podemos ver, o rendimento é realmente pequeno, mesmo porque durante todo esse período haverá, também a inflação. Então, o que se compra hoje com R$ 1.600.462,30 não se comprará daqui 30 anos.

Contudo, a Poupança não tem utilidade alguma?

PARA QUE SERVE A POUPANÇA?

Apesar do rendimento baixo, podemos utilizar a poupança como reserva de emergência. Esta reserva tem como características a sua altíssima liquidez e o seu baixíssimo risco. Estas duas características são encontradas na Poupança, principalmente dos bancos grandes e tradicionais.

Destacamos estes bancos, pois correm menos riscos de quebrar, causando transtornos ao investidor.

Dessa maneira, percebe-se que a Poupança pode ser útil em algumas situações. Pelo fato de a pessoa poder sacar ou transferir dinheiro dela a qualquer momento, inclusive finais de semanas e feriados, não existe um investimento mais líquido do que ela no mercado.

Apesar de o Tesouro Selic, por exemplo, trazer um rendimento um pouco maior, sua liquidez não é imediata.

Regra geral, para conseguir ter disponível o dinheiro do Tesouro Selic o investidor deve fazer a venda do seu título em um dia útil para receber o dinheiro apenas no próximo dia útil.

Se a venda do título for feita em uma quinta-feira e sexta for feriado, o investidor ficará, ao menos, três dias sem o recurso financeiro desejado, já que receberá apenas na segunda-feira.

A Reserva de Emergência não deve ser encarada como um investimento, mas sim como um colchão de segurança que irá proteger os investimentos de médio e longo prazo das oscilações, bem como dos riscos do cotidiano do investidor como acidentes, desemprego, imprevistos em geral. Abre-se mão do rendimento para se obter segurança e liquidez.

Assim, a Poupança serve primordialmente para a reserva de emergência. É importante mencionar também, que parte da sua reserva pode estar em outro produto financeiro como o Tesouro Selic.

Entretanto, de qualquer forma, é interessante manter ao menos parte da reserva na Poupança.

poupança serve para reserva de emergência

O QUE É MELHOR QUE A POUPANÇA?

Existem diversos investimentos melhores do que a Poupança se você já tem a sua RE e busca rendimentos maiores.

O Tesouro Direto pode ser melhor do que a Poupança. Assim como as ações podem ser melhores do que a Poupança. Nessa linha, os FIIs também podem ser melhores do que ela.

Entretanto, antes de tudo, você precisará entender qual o seu objetivo. Dessa forma, apenas conhecendo o motivo do investimento é possível entender qual o tipo de ativo deve ser adquirido.

Como vimos, regra geral, não há investimento melhor do que a Poupança para se montar a Reserva de Emergência. Contudo, se você quer um rendimento maior abrindo mão da liquidez e/ou da segurança você poderá investir em CDB, LCI/LCA, Tesouro Direto, ações, FIIs, entre outros.

Então, saiba mais sobre o CDB lendo o nosso texto: “CDB: o que é? É bom?“.

QUANDO E COMO SAIR DA POUPANÇA?

Como vimos, para sair da poupança, primeiro é importante saber se esta saída irá comprometer a sua Reserva de Emergência. Esta Reserva costuma ter entre quatro e doze meses de despesas do investidor. Caso ela seja muito grande pode ser mantida parte em Poupança e parte no Tesouro Selic, inclusive.

Na hipótese de você ter vinte e quatro meses de despesas em sua Poupança, podemos perceber que é possível sair dela sem comprometer a sua tranquilidade de curto prazo.

Assim, para sair da Poupança, o investidor deve mensalmente retirar uma pequena parte do dinheiro aplicado nela e migrá-lo para outro investimento mais rentável.

Caso o investidor queira aumentar o seu patrimônio em renda fixa poderá levar parte do dinheiro da Poupança para o Tesouro Selic ou para o Tesouro IPCA+, por exemplo. Se o desejo é ir para a renda variável, a aplicação pode ser feita em ações ou FIIs.

Dessa maneira, imaginando que este investidor queira reduzir os vinte quatro meses de despesas guardados em Poupança para seis, ele poderá, a título de exemplificação, retirar o equivalente a um mês de despesas por mês e investi-lo em outro ativo. Dessa forma, ao final de dezoito meses este investidor terá saído da Poupança de maneira segura sem prejudicar sua Reserva.

Além disso, como este investidor aplicava apenas em Poupança, provavelmente não tem um conhecimento muito grande acerca dos demais produtos de investimento. Por isso, sair da Poupança pouco a pouco é muito mais fácil e seguro.

Imagine se este investidor retirasse dezoito meses de suas despesas da Poupança e colocasse tudo em uma única ação. Mesmo se a ação fosse de uma boa empresa, estaria suscetível à variação do Mercado podendo trazer desconforto para o investidor inexperiente em renda variável.

Por fim, pode-se entender que é possível sair da Poupança quando não se prejudicar a RE. Além disso, a maneira mais tranquila de fazer a migração é aos poucos.

Dessa forma, os riscos para o investidor são menores e ele terá mais tempo para conhecer os perigos dos novos investimentos, minimizando a possibilidade de perda de dinheiro.

CONCLUSÃO

Agora que você leu este texto é possível concluir por si próprio se para você faz sentido ou não sair da Poupança neste momento. Caso entenda que é interessante, conheça mais sobre outros investimentos em nosso site.

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Sobre o Autor

Felipe Piacenti
Felipe Piacenti

Sou Felipe Piacenti, advogado com larga experiência em planejamento de aposentadorias. Pós-graduando em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela PUCRS.

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