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Reserva de emergência: O que é? Guia completo!

Reserva de emergência: O que é? Guia completo!

Quando começamos a nos interessar por educação financeira, sempre ouvimos falar de reserva de emergência. Mas o que é isso? Para que serve? Como montar? Todas essas dúvidas pairam em nossa cabeça e parece que nunca vamos conhecer todas as respostas.

Portanto, o texto de hoje é um guia prático sobre a reserva de emergência (RE). Você não vai precisar ler mais nenhum texto sobre ela para conhecê-la melhor.

O QUE É RESERVA DE EMERGÊNCIA?

A reserva de emergência é um valor em dinheiro que pode ser sacado a qualquer tempo principalmente para cobrir despesas inesperadas. Além disso, a reserva pode ser útil para proteger investimentos que buscam maior rentabilidade. Finalmente, ela serve para substituir renda em caso de falta desta.

Assim, a reserva é como um porto seguro financeiro para qualquer pessoa. Sem ela, estamos mais propensos a contrair dívidas ou ter que vender investimentos mais rentáveis em momentos inadequados.

Dessa maneira, se você não tem nenhum dinheiro guardado, a primeira coisa que você deve fazer é montar a sua reserva.

COMO MONTAR A RESERVA?

Ela pode ser montada reservando parte de todo o dinheiro que você ganha. Se você ganha 3 mil reais por mês, por exemplo, uma parte deste dinheiro deve ser imediatamente enviado para a sua reserva.

Mesmo que você tenha dívidas é interessante separar parte do dinheiro para a RE. Isso porque se você não tiver a reserva pode ter de fazer novas dívidas para arcar com algum imprevisto durante o pagamento das dívidas que você já tem.

É exatamente isso o que não queremos: aumentar ou criar novas dívidas.

Dessa forma, para montar a sua reserva de emergência separe ao menos dez por cento de tudo o que você ganha por mês para este fim.

Se você for um empregado e receber salário, no mesmo dia do pagamento, já faça a transferência para a sua reserva de emergência.

Caso você tenha renda que não seja um salário, poderá enviar dez por cento (ou mais) de cada valor recebido para a sua RE automaticamente.

Portanto, não há mistério: reserve parte das suas receitas diretamente para a sua reserva.

QUAL O TAMANHO DA RESERVA DE EMERGÊNCIA?

De forma simples, geralmente, a reserva de emergência deve ter entre 3 a 12 meses de suas despesas. Contudo, o tamanho varia de acordo com as suas características pessoais.

Obviamente, um servidor público ou um empregado estável pode ter uma reserva de emergência menor. Isso porque, pela característica do seu trabalho, dificilmente ficarão sem renda. Assim, a reserva servirá apenas para cobrir pequenas despesas imprevistas do cotidiano.

Contudo, se você é um empregado comum, sem estabilidade, a reserva já precisa ser um pouco maior. Apesar de existir o seguro desemprego e a possibilidade de saque do FGTS, o risco do desemprego e da diminuição de renda é maior.

Como sabemos, a parcela do seguro desemprego costuma ser menor do que o salário recebido. Por isso, para manter o padrão de vida será necessário usar a reserva de emergência.

Ainda, se você for um trabalhador autônomo, empreendedor, MEI, profissional liberal, a sua reserva deve ser maior ainda. Para estes trabalhadores, a reserva é ainda mais importante do que para os demais citados.

O autônomo não está livre de períodos com renda reduzida e não tem alguns direitos como seguro desemprego e FGTS.

Por esse motivo, a RE é o primeiro escudo para o autônomo manter uma boa qualidade de vida. Além disso, pensando na aposentadoria do autônomo, ela servirá para proteger os investimentos que irão trazer renda passiva para ele.

Dessa forma, não existe um número mágico para o tamanho da reserva de emergência. Portanto, você deve analisar as condições de segurança da sua renda atual e determinar, com base nas suas despesas mensais, o tamanho de sua reserva.

MINHA RESERVA É MUITO GRANDE?

Um erro cometido por pessoas que não são muito propensas a correr riscos nos investimentos é manter uma reserva muito grande.

Como não buscamos rentabilidade por meio RE, se mantivermos muito dinheiro nela, podemos estar perdendo o nosso poder de compra ou a chance de aumentar o nosso patrimônio por meio de outros investimentos.

Se hoje você tem 20 mil reais na sua reserva e não mexe nela há mais de seis meses, pode ser que ela seja muito grande. Assim, tente migrar uma pequena parte da sua reserva para um outro investimento mais rentável.

Contudo, sempre tenha cuidado para não deixar ela pequena demais. Mais prejudicial do que uma reserva muito grande é uma reserva pequena demais.

O primeiro objetivo dela é proteger o nosso padrão de vida.

ONDE MANTER A R.E.?

onde manter a reserva de emergência

Uma polêmica muito grande que cerca a reserva de emergência é onde ela deve ser mantida. Primeiramente é importante sabermos que ela deve estar em um produto financeiro seguro e líquido.

Ou seja, não é possível manter a RE em um CDB que tenha um prazo mínimo para saque. Assim, um CDB que só pode ser resgatado daqui a 30 ou 365 dias, por exemplo, não serve para a reserva.

Entretanto, hoje em dia, existem diversos produtos que reúnem essas características. O mais comum deles é a Poupança. Acalme-se, eu não estou doido. Não saia correndo do texto antes de eu explicar o que quero dizer.

A Poupança em bancos grandes é um produto seguro e com altíssima liquidez. Assim, se você precisar de dinheiro na madrugada de sexta para sábado, você terá esse dinheiro em mãos. É muito raro precisar de dinheiro neste horário do dia, mas a RE serve para imprevistos também e nunca sabemos quando eles irão acontecer.

Dessa maneira, pode ser recomendável manter parte da sua reserva de emergência na Poupança. Para a reserva não devemos pensar em rentabilidade, ela não é um investimento, mas uma proteção ao seu orçamento familiar e aos seus investimentos.

Contudo, não é necessário manter toda a sua reserva de emergência na Poupança.

Como vimos, a reserva pode ser equivalente a 3 a 12 meses de despesas. Assim, é possível manter uma parte dela na Poupança e outra em outro produto. É muito difícil termos um imprevisto na madrugada de sexta para sábado, ainda mais um imprevisto que nos custe 3 meses de nossas despesas.

Assim, a reserva pode ser mantida parte na Poupança e parte em outros produtos.

Veja também: Poupança: Não saia antes de ler esse texto.

Onde mais posso manter minha reserva de emergência?

Outros produtos comuns para este fim são o Tesouro Selic, CDBs de bancos grandes com liquidez diária e conta especiais de algumas fintechs.

O Tesouro Selic é um dos tipos de títulos do Tesouro Direto. Ele é um título que rende de acordo com a taxa Selic e tem liquidez de um dia. Ou seja, se você vender o seu título hoje, terá o dinheiro disponível no próximo dia útil.

Da mesma maneira os CDBs de bancos grandes. Quem tem estes CDBs abre mão de retirar o dinheiro em dias “não úteis” para ter uma rentabilidade um pouco maior. Geralmente, existem alguns CDBs com liquidez para um dia útil, assim como o Tesouro Selic.

Por fim, alguns bancos digitais ou fintechs oferecem contas com rendimento automático. Elas são contas correntes que possuem um rendimento, como se fossem uma Poupança. A contrapartida deste tipo de investimento é que estas instituições não são tão robustas como os grandes bancos brasileiros. Assim, há um risco um pouco maior.

De qualquer forma, tenha em mente que a reserva de emergência é onde você deve correr o menor risco possível com o seu dinheiro.

Veja: CDB: o que é? É bom? Veja tudo aqui.

A RESERVA E O MEU PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O planejamento financeiro é fundamental para qualquer um. Seja você um servidor público, um empregado celetista, um autônomo ou um empreendedor, é fundamental ter um planejamento financeiro.

Por meio dele você é capaz de alcançar objetivos pessoais ou profissionais. Mas o que a reserva de emergência tem a ver com isso?

Tudo!

A reserva é o escudo protetor do planejamento financeiro. Se a nossa vida financeira fosse um time de futebol, ela seria o goleiro. Ou seja, o nosso último defensor. Se passar dela estamos com problemas.

Portanto, se você deseja ter uma vida financeira tranquila faça um planejamento financeiro eficiente. Assim, comece o seu planejamento destinando parte do seu dinheiro para a reserva.

Apenas após definido o montante destinado à RE passe a pensar em suas outras despesas mensais. Da mesma maneira, antes de pensar em investir em renda fixa ou em ações, tenha a sua reserva pronta.

Como já falamos anteriormente, mesmo que você tenha dívidas, a montagem da sua reserva de emergência deve ser feita em paralelo ao planejamento do pagamento das dívidas.

Dessa forma, a montagem da reserva deve ser a prioridade para o seu planejamento financeiro ser bem-sucedido.

CONCLUSÃO

Assim, podemos perceber que a reserva de emergência é fundamental para qualquer pessoa. Tenha você uma renda estável ou não, seja você arrojado ou moderado em seus investimentos.

Como um time de futebol não pode jogar sem goleiro, o seu planejamento financeiro não existe sem a reserva de emergência.

Sobre o Autor

Felipe Piacenti
Felipe Piacenti

Sou Felipe Piacenti, advogado com larga experiência em planejamento de aposentadorias. Pós-graduando em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais pela PUCRS.

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